Ativos Financeiros: Exemplos e Como Investir

Investir em ativos financeiros é um dos passos mais fundamentais para construir patrimônio e atingir independência financeira.

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No entanto, com a vasta gama de ativos disponíveis, escolher as melhores opções de investimento pode ser desafiador, especialmente para investidores iniciantes.

Neste artigo, explicarei em detalhes o que são ativos financeiros, darei exemplos práticos e compartilharei estratégias eficazes de como investir, com base em dados recentes e na minha própria experiência no mercado financeiro.

    O que são Ativos Financeiros?

    Ativos financeiros são títulos ou contratos que possuem valor econômico e podem ser comprados, vendidos ou trocados no mercado.

    Eles são uma representação de direitos sobre o patrimônio de uma empresa ou instituição e podem gerar retorno ao investidor.

    Esses ativos incluem desde ações e títulos de dívida até derivativos e fundos de investimento.

    A característica mais marcante dos ativos financeiros é que eles não possuem valor físico intrínseco.

    Diferentemente de bens tangíveis, como imóveis ou ouro, seu valor está baseado na expectativa de retorno futuro e na confiança no emissor ou na empresa subjacente.

    Tipos de Ativos Financeiros

    1. Ações

    As ações representam uma fração do capital de uma empresa. Ao adquirir uma ação, você se torna sócio da companhia, participando dos lucros ou prejuízos proporcionais ao seu investimento.

    Um dos grandes atrativos das ações é a possibilidade de alta rentabilidade, especialmente em economias crescentes e setores inovadores.

    No entanto, o risco associado é considerável, principalmente em mercados voláteis.

    De acordo com a B3, o número de investidores na bolsa de valores brasileira cresceu mais de 25% nos últimos três anos, refletindo o interesse crescente pelos investimentos em ações.

    Pontos fortesPontos fracos
    Potencial de alto retornoAlta volatilidade
    Participação nos lucros da empresaExige conhecimento técnico
    Alta liquidezRisco elevado

    2. Títulos de Renda Fixa

    Títulos de renda fixa são, essencialmente, empréstimos que você faz a uma empresa ou governo, em troca de uma remuneração previamente acordada.

    Um exemplo clássico é o Tesouro Direto, que é bastante popular entre investidores conservadores. Por se tratar de uma forma previsível de remuneração, a renda fixa é um dos ativos preferidos para quem busca segurança.

    No entanto, o retorno é limitado em períodos de baixa inflação, especialmente em cenários de taxas de juros decrescentes.

    De acordo com dados recentes do Tesouro Nacional, os investimentos no Tesouro Selic tiveram uma rentabilidade média de 7% ao ano em 2023.

    Pontos fortesPontos fracos
    Risco baixoRentabilidade limitada
    Previsibilidade de retornoExposição à inflação
    Alta segurançaMenor liquidez

    3. Fundos de Investimento

    Fundos de investimento são veículos de investimento coletivo no qual os recursos dos investidores são reunidos para comprar uma cesta diversificada de ativos.

    Eles podem ser de renda fixa, multimercado ou focados em ações. Considero os fundos uma excelente alternativa para quem quer diversificar sem precisar acompanhar cada ativo individualmente.

    A gestão profissional, no entanto, vem com um custo: as taxas de administração e, por vezes, de desempenho.

    Embora facilitem a vida do investidor, a taxa de administração pode consumir parte significativa dos lucros, especialmente em fundos com desempenho inferior.

    + O que são investimentos de baixo risco e como iniciar? Um guia completo

    Pontos fortesPontos fracos
    Diversificação automáticaTaxas elevadas
    Gestão profissionalPerformance incerta
    PraticidadeMenor controle do investidor

    4. Derivativos

    Derivativos são contratos financeiros que derivam de um ativo subjacente, como ações, commodities ou moedas.

    Eles são usados tanto para proteção (hedge) quanto para especulação. Um exemplo de derivativo muito usado é o contrato futuro.

    Apesar do alto potencial de lucro, derivativos são altamente arriscados e recomendados apenas para investidores experientes.

    Vejo essa categoria como um instrumento de proteção para carteiras robustas ou uma estratégia para traders que buscam ganhos no curto prazo.

    Pontos fortesPontos fracos
    Potencial de ganhos rápidosAlto risco
    AlavancagemComplexidade
    Instrumento de hedgePouca liquidez

    Como investir em ativos financeiros

    Investir em ativos financeiros exige uma estratégia bem planejada, adequada ao perfil do investidor e alinhada aos seus objetivos de longo prazo.

    Abaixo, detalho os principais passos para começar.

    1. Defina Seu Perfil de Investidor

    Todo investidor deve primeiro identificar seu perfil: conservador, moderado ou arrojado.

    Investidores conservadores preferem ativos seguros, como títulos de renda fixa, enquanto os moderados buscam um equilíbrio entre segurança e retorno.

    Já os investidores arrojados estão dispostos a assumir mais riscos para obter ganhos superiores, investindo em ações ou derivativos.

    Uma pesquisa realizada pela ANBIMA em 2023 revelou que 65% dos investidores brasileiros possuem perfil conservador, optando por ativos de baixo risco, como a renda fixa.

    + Como definir e acompanhar KPIs? Avalie o desempenho da sua empresa

    2. Diversifique sua Carteira

    A diversificação é uma das estratégias mais eficientes para mitigar riscos e maximizar retornos.

    Ao investir em diferentes ativos financeiros, você dilui o risco de perda e aumenta suas chances de ganhos.

    Eu sempre recomendo uma combinação de ações, títulos de renda fixa e fundos de investimento, ajustada ao perfil de cada investidor.

    Estratégia de DiversificaçãoRendimento MédioRisco
    Carteira de Renda Fixa6% a 8%Baixo
    Carteira de Ações9% a 12%Alto
    Carteira Mista8% a 10%Moderado

    3. Acompanhe o Mercado

    O mercado financeiro é dinâmico e pode mudar rapidamente com base em fatores econômicos, políticos e globais.

    Acompanhar as notícias do mercado e monitorar o desempenho dos seus ativos é essencial.

    Plataformas como Bloomberg, Google Finance ou Morningstar são ferramentas úteis para quem deseja estar sempre atualizado.

    De acordo com dados do Banco Central, os investidores que monitoraram regularmente seus ativos durante o ano de 2023 conseguiram ajustar suas carteiras para obter uma rentabilidade média 15% maior do que aqueles que não o fizeram.

    Quais ativos financeiros escolher?

    A escolha dos ativos financeiros depende diretamente dos objetivos de cada investidor.

    Para quem deseja segurança, títulos de renda fixa são uma ótima opção. Para quem busca altos retornos e está disposto a correr mais riscos, as ações e os derivativos são os ativos indicados.

    No entanto, é fundamental não concentrar todo o capital em um único ativo, pois isso aumenta o risco de perda.

    Um exemplo recente foi a queda do Ibovespa em março de 2023, que resultou em perdas para quem estava concentrado em ações.

    Já aqueles com uma carteira diversificada conseguiram minimizar os impactos e até registrar ganhos com a valorização dos títulos de renda fixa.

    Conclusão

    Investir em ativos financeiros pode ser uma das formas mais eficazes de construir riqueza ao longo do tempo.

    No entanto, é importante entender que cada ativo tem seus próprios riscos e retornos. Por isso, aconselho sempre diversificar a carteira e estar atento às mudanças do mercado.

    Seja qual for o seu perfil de investidor, existem opções para todos, desde os mais conservadores até os mais arrojados.

    Para encerrar, deixo uma citação de Benjamin Graham, considerado o pai do investimento em valor: “O investidor inteligente é aquele que é realista o suficiente para saber que, às vezes, estará errado”.

    Essa frase nos lembra que, apesar do planejamento e da análise, o mercado é imprevisível, e aprender a lidar com isso é parte crucial do sucesso no mundo dos investimentos.


    Referência:

    • ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (2023). "Relatório de Perfil do Investidor Brasileiro".