Busca por empréstimo cresce em meio a pandemia

Apesar das várias medidas anunciadas pelo Governo Federal e pelo Banco Central, as empresas e donos de pequenos negócios ainda estão enfrentando problemas para ter acesso a empréstimos e linhas de créditos com juros mais baixos.

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Isto porque, em meio a pandemia do covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o medo da inadimplência é muito grande, logo os bancos estão cada mais vez mais seletivos.

De acordo com especialistas, para que o crédito chegue a quem precisa e com taxas de juros e condições mais atrativas, é preciso que haja uma atuação forte dos bancos públicos e também das linhas garantidas por recursos do Tesouro Nacional.

Sebrae informa que bancos estão negando crédito as pequenas empresas

Uma pesquisa divulgada pelo Serviço Nacional de Apoio às Micro Empresas e Pequenas Empresas (SEBRAE) revelou que 60% dos pequenos negócios que buscam por empréstimo desde o começo da crise tiveram a solicitação negada.

Esse dado foi levantado com base em 6.080 empreendedores de todo o Brasil que foram ouvidos.

Além disso, nessa mesma pesquisa, foi relevado que 88% das empresas tiveram queda no faturamento, com perda entre 75%.

Assim sendo, 55% delas afirmaram que precisarão do empréstimo para manter o negócio funcionando sem causar demissões.

Apesar de ser um problema mais comum para os pequenos negócios, as grandes empresas também se mostram insatisfeitas com os obstáculos para ter acesso ao crédito.

“As empresas continuam com extrema dificuldade nesse sentido. O crédito é fundamental para que as empresas sobrevivam e possam garantir os empregos durante a crise e também na volta à normalidade”, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) em nota.

Custo de crédito mais alto

De acordo com o levantamento feito pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), as taxas de juros das operações de crédito tiveram um aumento significativo em março.

Só para se ter uma ideia, a taxa de juros para pessoa física passou de 5,76% ao mês, para 5,79% só em março.

Por sua vez, a média de juros das linhas de crédito para as pessoas jurídicas, passou de 3,12% no mês, de fevereiro, para 3,17% no mês de março.

Além disso, a linha de crédito emergencial voltada para o financiamento dos salários dos trabalhadores, as taxas de juros estão em 3,75% ao ano – equivalente assim ao CDI.

Segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da ANEFAC, mesmo com a queda da taxa de juros, que está atualmente com 3,75%, e com as medidas tomadas pelo Banco Central para ampliar a liquidez, as taxas cobradas pelos bancos, nas mais diferentes linhas de crédito, ainda podem aumentar.

“As condições de crédito pioraram, sejam na elevação das taxas de juros, seja porque os bancos em um ambiente de maior risco de crédito estão mais seletivos e restritivos por não saberem por quanto tempo esta crise vai permanecer e os reais impactos nas empresas”, disse ele.

Inclusive, o Sebrae disponibilizou em seu site oficial uma lista referente as principais linhas de crédito que estão sendo anunciadas pelos bancos.

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