Como calcular juros de financiamento? Entenda
Como calcular juros de financiamento? Entenda essa técnica
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Entender como calcular juros de financiamento é importante quando se pretende evitar cobranças abusivas.
Isso porque, não são raros casos de contratos com acréscimos absurdos, que fogem da margem de mercado.
Sendo assim, saber calcular esses juros ajuda a evitar esse tipo de situação, que atrapalha a vida financeira.
E, a boa notícia é que no artigo de hoje você verá meios simples e práticos para isso.
Então, para aprender a verificar os juros de maneira eficiente, continue sua leitura!

Juros de financiamento: uma verdadeira polêmica
Você certamente já ouviu alguém falar contra o financiamento, e o argumento é sempre baseado na taxa de juros da modalidade.
As crenças são muitas, de modo que o mais difundido é que o aluguel compensa mais do que os juros de financiamento.
E, em partes, esse pensamento até pode fazer sentido, especialmente quando comparamos a taxa de rendimento de um investimento com o valor dos juros aplicados em financiamentos.
Mas, o que essas pessoas não dizem é que o financiamento só se torna um vilão quando não se tem nenhuma noção sobre as taxas cobradas.
Isso porque, caso você saiba como calcular juros de financiamento é possível se estabelecer métodos para diminuir essa cobrança, o que torna o contrato mais vantajoso.
E, especialmente quando falamos sobre aquisição de veículo ou imóvel, o aluguel até pode ser lucrativo e trazer facilidades, mas, se a prioridade é estabilidade, a conversa já muda.
Por isso, dizer se o financiamento é ou não vantajoso, depende da assinatura de um contrato certeiro, feita por alguém que entende o que está fazendo.
E, isso deve começar por meio do cálculo dos juros, a fim de não cair naquela situação de pagar praticamente o triplo do que se deve ao final do contrato.
Dito isso, a boa notícia é que hoje aprenderemos como é possível calcular e comparar essas taxas, então acompanhe!
Custo Efetivo Total x Taxa de juros
Quando falamos sobre como calcular juros de financiamento, a primeira ideia que muitos têm consiste em comparar o valor que pegou emprestado, com o custo total das parcelas.
Desse modo, suponhamos que você pegou emprestado R$ 50.000,00, para pagar em 46 parcelas de R$ 1.500,00, o que ao final totalizaria R$ 69.000,00.
Subtraindo o valor que foi pego emprestado, do quanto se pagou ao total, resta o valor de R$ 19.000,00. Isso são os juros?
Por mais que pareça simples assim, devemos dizer que não, o cálculo não é feito dessa maneira, e o motivo está no conceito de CET (Custo Efetivo Total).
Quando você utiliza os valores de maneira tão simples, se considera apenas que você pegou um valor e pagou outro.
Mas, devemos lembrar que em um financiamento existem outros custos, que vão muito além de juros simples por prazo de empréstimo.
Por exemplo, taxas administrativas, documentação e seguros também são incluídos no valor das parcelas do financiamento.
Estes itens não são juros, e é por isso que são considerados no Custo Efetivo Total do financiamento, onde constam os juros + todos esses outros itens inclusos no valor final.
É importante dizer que o Banco Central estipula que o CET deve estar exposto de maneira clara ao cliente, de modo que o mesmo deve ter acesso facilitado a essa informação.
Sendo assim, só após saber o CET é possível iniciar o entendimento acerca da cobrança de juros do contrato.
Como calcular juros de financiamento?
A esta altura você já conseguiu entender os motivos para não ser tão simples calcular os juros simplesmente subtraindo o valor emprestado do valor pago.
Assim como, também compreende que o CET é o verdadeiro responsável para essa diferenciação, e que este deve ser considerado antes do cálculo de juros.
Mas, após saber tudo isso ainda resta a dúvida, afinal de contas, como calcular os juros do financiamento?
A primeira coisa que você precisa saber é que os juros do seu contrato devem estar devidamente esclarecidos em seu contrato.
Sendo assim, é comum constar uma cláusula com as taxas de juros cobradas ao ano em cima do valor disponibilizado no financiamento.
Mas, atenção, como já dissemos, os acréscimos em cima do valor não correspondem apenas aos juros.
Sendo assim, caso seu contrato conste por exemplo 7,99% ao ano de juros, mas, ao calcular você percebeu que está sendo cobrado R$ 11,98%, é preciso considerar também o CET.
Vale dizer que este é um cálculo mais complexo, que considera uma série de itens, por isso, pode ser mais fácil pedir esclarecimentos para o seu gerente.
Mas, a regra geral é que os juros cobrados devem estar de acordo com o contrato, sendo acrescidos do valor correspondente aos itens do CET.
Calculadora do cidadão
Saber como calcular juros de financiamento exige uma série de conhecimentos e informações.
Entretanto, isso pode dificultar um pouco a vida de quem não entende nada sobre a área financeira.
E, se este é o seu caso, saiba que existe um jeito de não quebrar a cabeça, e este é a Calculadora do Cidadão.
A Calculadora do Cidadão é um recurso fornecido pelo Banco Central que tem por intuito auxiliar no esclarecimento de cálculos financeiros importantes ao cotidiano do cidadão.
E, a boa notícia é que por meio dela é possível fazer cálculos referentes a financiamento com parcelas fixas.
Esses cálculos demonstram de maneira explícita quais os juros cobrados em cima do contrato, com base nas informações fornecidas.
Vale dizer que a calculadora te dá apenas uma noção básica, pois, como já dissemos, o CET varia de acordo com cada contrato.
Por isso, o ideal é sempre estar de olho no seu contrato, e assim pedir esclarecimentos ao profissional responsável por ele em seu banco.
Juros muito altos: dá para contestar?
Depois de todas as informações recebidas, certamente você já tem uma noção de como calcular juros de financiamento.
Afinal de contas, já te explicamos que é preciso considerar os juros especificados em contrato e o Custo Efetivo Total do financiamento, a fim de encontrar o valor real correspondente.
Mas, em alguns casos, após fazer os cálculos você pode acabar percebendo que os valores não batem.
Desse modo, mesmo considerando o CET, ainda está muito acima.
Nesse caso, a primeira medida sempre deve ser procurar um especialista, a fim de que ele faça os cálculos de maneira mais detalhada, considerando itens que podem escapar em uma avaliação amadora.
Caso o profissional também encontre valores acima, você deve imediatamente procurar o gerente responsável pelo seu contrato de financiamento.
Ele deve te fornecer satisfações a respeito da cobrança, e caso não seja justificada, você tem a possibilidade de pedir reparações.
Esta reparação consiste em gerar uma contestação no contrato, a fim de que os valores cobrados sejam reajustados para as taxas corretas.
Assim, você pode pagar apenas o que deve, sem sofrer prejuízos financeiros causados por cobranças incoerentes.
Vale dizer que a contestação só é válida quando o valor cobrado foge do especificado em contrato, e não se justifica pelo CET do financiamento.
Além disso, devemos sempre considerar que os juros aplicados a qualquer tipo de financiamento devem estar dentro da média de mercado.
Assim, você evita a cobrança de juros abusivos, e tem a garantia de que saber como calcular juros de financiamento é indispensável para uma experiência de crédito vantajosa!